NOTÍCIA: Pai de adolescente norte-americana dá nove
tiros no laptop dela por 'malcriação' pelo Facebook.
No
início do vídeo podemos ver que, além do enorme chapéu, ele está fumando (bom
exemplo para os filhos), e tomado de violência porque foi denunciado no Facebook,
segundo ele, injustamente, dá nove tiros no laptop. Não duvidamos de que deva
ter assustado a moça. Talvez uma advertência velada, a próxima vez vai na tua
cabeça, filha. E ainda a maioria das pessoas “curtiu” e aplaudiu esse fato
bizarro, essa prepotência do pai, essa violência desnecessária.
Talvez
a menina mentiu ao dizer que foi obrigada pelo pai e pela madrasta a realizar
tarefas pesadas na casa, pois, segundo o pai, ela só arruma a própria cama e
lava a própria roupa. Não sabemos quem está mentindo, ainda que filhos de pais
violentos tenham tendência a mentir, a fantasiar. Não sabemos se a menina é bem
tratada nessa casa, nem se o pai é capaz de dialogar com a filha. Só sabemos
que as pessoas estão cansadas e estressadas, de “pavio curto”. Só a neurose
coletiva pode aplaudir para um pai neurótico que atira no laptop da filha.
E
essa admiração pela violência é comum, afinal os filmes e as séries de TV criam
ídolos violentos, homens que, em vez de falar, socam e espancam.
É
só guardar o laptop, dizer que ela não usará até melhorar a sua conduta. Essa
violência do pai não estará revelando uma violência maior? E por que precisa
gravar um vídeo? Nada disso é normal. O
assunto é bizarro. Uma filha que talvez esteja mentindo e um pai punitivo. E a
maioria aplaude um pai que atira no laptop. Esperemos que seja só no laptop,
porque os Estados Unidos é recordista em atiradores malucos.
Só
podemos agradecer a Deus por não ter um cretino desses como pai, nem vizinho
que se comporta desse jeito. Eu não ficaria tranquila se soubesse que meu
vizinho atirou no laptop da filha. Essa demonstração de força não estará revelando
de outras violências? Será que os dois, pai e filha, não precisam de terapia?
Ambos deveriam visitar um psicólogo e ver se dá para se entender fora da mídia.
E sem armas.
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