segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ROSAS (Crônica)


Os anos passaram e o marido de Marisa já não mais morria de ciúmes. Até que um dia 
descobriu num canto da lavanderia, rosas vermelhas com um cartão: Amo você. Assinado: 
“Reginaldo”. 

Reginaldo? O vizinho? O vizinho está enviando flores para minha esposa? Cretino!
 João ficou desesperado.  Chegava cedo do trabalho e procurava nas gavetas por alguma carta, 
por algum sinal de  adultério.

Um dia encontrou o vizinho na rua e avançou com o punho fechado.  O homem correu para sua 
casa,  mas João, furioso, foi atrás dele. Reginaldo colocou a chave na fechadura, enquanto repetia: 
- Você não entende... não é como você pensa, vizinho. João nem escutou e lhe deu vários socos 
no nariz.

            A irmã de Marisa ligou preocupada: “Encontrei sua vizinha fofoqueira, a Ritinha, e ela falou que  
seu marido sabe que você tem um amante.”

Marisa, feliz, confessou: “Querida, paguei R$1.000 ao vizinho desempregado para que mandasse
 flores, e mais R$ 2.000 para a cirurgia, mas valeu cada centavo. Meu marido me ama 
novamente.”
Isabel F. Furini é escritora e palestrante,

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